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AS SEIS MULHERES, A MÃE ANCESTRAL E A DEUSA DA JUSTIÇA

A Web Série ‘FEMININO 3X4” é um retrato íntimo da identidade de seis mulheres, com trajetórias e vivencias diferentes, com origens, mundos e tempos diversos. A fisionomia e o drama vivido por cada uma delas, é revelado através de múltiplas nuances da alma feminina. A fisionomia de cada protagonista da série, carrega as marcas de emoções vivas, de celebrações, danos e lamentos, de desejos e frustrações, de perdas e conquistas, que reativam os contrastes entre o sonho e o pesadelo, em fragmentos de realidade que ficaram pelo caminho, ou em desafios que ainda deverão ser enfrentados mais a frente.

Um longo trabalho de campo, com a identificação de fisionomias do cotidiano de Marataízes, além da busca por personagens e casos reais ocorridos na região, serviu de inspiração para uma livre adaptação da ficção, apresentada por cada uma das personagens da série. 

PERSONAGENS

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                        LEIA RODRIGUES

FAIOLA, 45 anos, é mantida como escrava em uma fazenda de cana-de-açúcar, servindo na Casa Grande com os afazeres domésticos da cozinha. Com sua personalidade forte e perseverante, sabe curar qualquer doença com erva do mato, e fazer parto como ninguém. FAIOLA mantém um forte vínculo com as tradições a sua ancestralidade africana. Ela é abusada sexualmente pelo filho do dono do Engenho, com quem tem um filho, roubado do seu convívio, sem nunca mais saber do paradeiro da criança, ou se está viva ou morta. 

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                                                      PATRICIA GALLETO

LEONOR, 42 anos, vive amparada por seu fervor religioso e a crença de que sua missão foi seguir o exemplo de Ana Neri. Mulher de caráter inabalável, justa e generosa, durante a 2ª Guerra Mundial, decidiu se alistas na Cruz Vermelha e partir para a Itália, com os soldados da Força Expedicionária Brasileira. Após a guerra, ela se casa com um ex soldado, que ficou paraplégico e cego em combate, e com quem tem dois filhos. Com sua fé inquebrantável, LEONOR é o alicerce de toda a sua família. 

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                                                    HAYELLE PASOLINI

ANGELA, 39 anos, é ativista de direitos humanos, e trava uma luta incansável a favor das minorias e de uma justiça social mais digna. Ela convive com o trauma de ter sido presa e torturada, nos porões da ditadura militar dos anos 70. Naquela ocasião, viveu o drama de perder sua companheira, brutalmente assassinada pelo regime.  Confinada em seu mundo, as vezes com receio da própria sombra, ela é uma homossexual assumida, que não mede esforços como ativista, na luta pelos direitos da mulher. 

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                                       THAYNARA 

                                                    BRUMENCHENKEL

CERIMARIA, 39 anos, desde menina sempre trabalhou duro como lavradora em roças de abacaxi, mas nunca perdeu o sonho de um dia conseguir estudar.  Abandonada pelo marido, um sujeito alcoólatra e violento, vê seus quatro filhos como o seu maior tesouro, e luta para que cada um possa ter um futuro melhor. Tímida e complexada pelo seu analfabetismo, sonha em um dia se tornar uma líder comunitária. Decidida a aprender a ler e a escrever, ela conquista um mundo que parecia ser inalcançável. 

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                                                 THIARA PAGANINI

CLARISSE, 40 anos, é uma mulher negra que rompeu a bolha social imposta pelo racismo e o preconceito, e se tornou uma empresaria bem-sucedida, conquistando o respeito e a admiração na cidade. Uma separação litigiosa, pôs fim a um casamento marcado por maus tratos e violência doméstica, impostos por um marido violento e misógino. Mas foi a morte de seu único filho, vítima de leucemia aos dois anos de idade, a sua maior tragédia. Dedicada integralmente ao trabalho e serve de exemplo de superação para todas as mulheres do seu entorno. 

                                         ROBERTA PORTELA

BETTY SORVETAO, 32 anos, é uma bela mulher de olhos azuis, que busca o seu sustento como prostituta, depois que perdeu o marido em um trágico acidente, e ficou desamparada com um filho recém-nascido. Abandonada pela família, e sem qualquer amparo emocional, ela enfrenta o desafio de criar seu filho sozinha, não medindo os sacrifícios que tem precisa enfrentar para que o menino siga ao lado dela. Sua vida está pautada pela força da maternidade, sem que os riscos do mundo sombrio da prostituição a façam retroceder..  

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    MARGARETH GALVÃO

    

                                                                                                     

A MÃE ANCESTRAL

YACI encarna o papel de uma indígena, com poderes de xamã, que é a mãe ancestral de todas as personagens da série. Ela vem de um tempo sem começo e sem fim. A sua existência ocupa uma dimensão onde não existe dor para nascer, nem dor para morrer. Ela é a MÃE DA NATUREZA, em uma representação simbólica da divindade feminina, segundo as nações tupis-guaranis, e sabe como proteger suas filhas, assim como fortalece-las, para que possam enfrentar com dignidade a grande aventura da vida. YACI floresce em si de todos os elementos da natureza, e pode abrir o portal que leva ao futuro, para que cada uma de suas filhas siga adiante em suas missões. 

A NARRADORA

ATENA é a narradora de toda a web série, e simboliza a sabedoria amparada pela razão e a justiça. É uma personagem complexa e multifacetada, que motiva o conflito essencial para a transformação das mulheres, as estratégias de luta pela igualdade de direitos. É capaz de representar tanto a legalidade quanto a energia e coragem para enfrentar qualquer batalha. No confronto constante com YACY, no qual as duas contrastam a mística da ancestralidade maternal, com o poder de pertencimento e de conquista de territórios para as mulheres, ATENA serve de porta voz da proteção e do empoderamento feminino. Com sua narrativa, ela abraça a cronologia da história, a demarcação dos marcos legais, e a percepção dos fatos que compõe cada drama apresentado na série.